A revolução de hoje é a digitalização do setor do fabrico, com avanços tecnológicos como a Internet das Coisas Industrial (IIoT), robótica, realidade aumentada e inteligência artificial. Estas tecnologias de nova geração ajudam a melhorar a produtividade e a segurança, reduzem o tempo de inatividade e aumentam a eficiência energética. Para descobrir como algumas destas ferramentas funcionam quando aplicadas a ambientes industriais e como as empresas se podem beneficiar hoje e no futuro, continue a ler.
A Internet das Coisas Industrial
A IIoT é formada por dispositivos, sensores e computadores conectados que recolhem e analisam dados em ambientes de fabrico, o que ajuda a reduzir o desperdício e a ineficiência. A comunicação entre máquinas (M2M) e os sensores criam um ambiente onde a IIoT pode prosperar. As empresas já estão a usar a IIoT e a automação para monitorizar ambientes internos de plantas de produção e minimizar o consumo de energia, a fim de reduzir os custos de fabricação. Ao usar dispositivos inteligentes, como capacetes para comunicar com a equipa de produção, as condições de segurança e trabalho também podem melhorar. A Indústria 4.0 é o núcleo do fabrico inteligente, permitindo que grandes quantidades de dados sejam armazenadas e processadas na nuvem. Isto significa que, quer estejam dentro ou fora das instalações, os fabricantes podem monitorizar, manter e ajustar o equipamento com total precisão, sem a necessidade de interromper a produção. Isto é apoiado por software e dispositivos de código aberto que permitem maior controlo e flexibilidade sobre processos através do uso de programação de computadores. Isto ocorre porque o software tem código-fonte que qualquer pessoa pode inspecionar, modificar e melhorar (o código que os programadores de computador podem manipular para alterar a maneira como um programa ou aplicação funcionam). A IIoT está a mudar a paisagem industrial de várias formas, e o seu impacto será cada vez maior.
A robótica está na moda
Os robôs estão a tornar-se um mecanismo cada vez mais popular para completar tarefas repetitivas ou perigosas sem intervenção humana. Não surpreende a previsão da Federação Internacional de Robótica (IFR) de que, no ano 2020, haverá mais de 1,7 milhão de novos robôs industriais instalados em fábricas em todo o mundo. A IIoT permite que o hardware robótico seja mais inteligente, mais rápido e mais consciente. Combinado com sensores, um robô móvel poderia, por exemplo, identificar quando há um trabalhador na área e retardar ou interromper a produção para permitir a intervenção. Esse tipo de robô, conhecido como cobot, colabora com humanos e outros cobots para trabalhar de maneira mais inteligente. Existe uma ampla gama de robôs disponíveis: de braços básicos a máquinas montadas em veículos autónomos, e está a tornar-se cada vez mais comum em algumas das principais indústrias, incluindo os de alimentos e bebidas, produtos farmacêuticos, aeroespacial e construção. A automação robótica permite um nível de precisão e produtividade que excede a capacidade humana. Além disso, a nova geração robótica não é apenas muito mais fácil de programar, mas também mais fácil de usar, com recursos como reconhecimento de voz e reconhecimento de imagem.A realidade aumentada na vida real
Com a Indústria 4.0 e o fabrico inteligente, está a dar-se mais atenção ao valor da realidade aumentada (AR) para utilizações industriais. Novas ferramentas permitem que as empresas criem e testem suposições no mundo virtual, simulando o processo de design e a linha de montagem antes de criar um produto. A AR tem o potencial de dar mais controlo à indústria de fabrico, conectando trabalhadores com equipamentos e permitindo que eles interajam com os dados dos sensores. A tecnologia visa desenvolver operações eficientes, reduzindo o tempo de inatividade na produção, a rápida identificação de problemas e a manutenção de processos em andamento. Isso pode ser conseguido com a ajuda de óculos AR que sobrepõem a realidade virtual ao mundo real. Desta forma, os engenheiros podem ver representações de parafusos, cabos, números de peça e instruções sobre como montar um componente específico. Também é possível usar aplicações móveis habilitados para AR para escanear códigos QR e exibir imagens, videos ou gráficos ao vivo, ou usá-los para reparar máquinas. Muitos fabricantes começaram a explorar as vantagens que a realidade aumentada pode oferecer num ambiente industrial, uma tendência que só pode crescer à medida que o hardware e o software de AR aumentam.
Inteligência artificial e aprendizagem automática
Os sistemas de inteligência artificial (IA) apresentam informações relacionadas ao estado de uma máquina e sua produtividade, além de detectar irregularidades e possibilitar aprender com a experiência e realizar tarefas humanas. Enquanto isso, a aprendizagem de máquinas é um subcampo da inteligência artificial que usa técnicas estatísticas para fornecer aos computadores a capacidade de "aprender" com dados. A aprendizagem automática é muito mais rápida que a dos seres humanos, já que pode analisar enormes quantidades de dados em tempo real e transformá-los em melhorias úteis, o que ajuda a acelerar a produção e a reduzir custos evitando erros. Com a IA e a aprendizagem de máquinas, os fabricantes podem aproveitar melhor a sua capacidade de produção e otimizar a melhor combinação de máquinas, pessoal e fornecedores. A tecnologia também pode ser usada em cobots, permitindo que não apenas um robô trabalhe com segurança com os seres humanos, mas também reprogramando-o com facilidade para realizar novas tarefas (ao contrário dos robôs industriais tradicionais, que se baseiam numa programação laboriosa para cada ação). Uma das maiores vantagens é o aumento do tempo de atividade e da produtividade, graças à manutenção preditiva. Com a IA integrada à tecnologia robótica industrial, as máquinas podem monitorizar o seu próprio desempenho e precisão, e quando precisam de manutenção para evitar paradas dispendiosas. O uso de IA e aprendizagem de máquinas pode melhorar o desempenho em todas as áreas da cadeia de distribuição, incluindo armazenamento, transporte, resposta do cliente, produção e embalagem.
O que apresenta o futuro?
Com a expectativa de que metade dos fabricantes tenha dispositivos inteligentes até 2022, está claro que o cenário da automação industrial está a mudar.